Estamos passando pela Quaresma, tempo importante para a nossa Igreja,. Nela estamos mais dispostos a uma revisão do que fazemos e do que somos. Neste tempo também somos chamados a uma reflexão sobre a Cruz, que para alguns não passa apenas de um lugar de sofrimento e que não gostam de lembrar daquele momento.
Mas para nós, católicos romanos, devemos antes de mais nada refletir sobre a profundidade do que representa a Cruz dentro da nossa fé. Sinal de redenção e de contradição, ela nos remete ao maior sacrificio de amor, lembrando o que nos foi falado pelo casal Tomé e Amélia, sacrifício é tornar-se santo, de tal forma relizado em nós e para nós que somos remidos até os dias de hoje.
A Cruz, naquela época, não passava apenas de uma forma cruel de penalizar os mais desgraçados e reles criminosos, isto é, a ralé dos criminosos, os mais insignificantes, aqueles que cometiam os crimes mais banais e sem importância; para estes a Cruz. Portanto era muito comum ver-se cruzes pelos caminhos, pois isto era feito de tal forma que todos vissem, para além de uma morte lenta e dolorosa, eles sofressem a humilhação de serem expostos em público nus. Não existia apenas um tipo de Cruz, havia pelo menos três tipos, este mais comum que vemos em nossas casas, a em forma de "X" e outra em forma de "T", esta última sendo o formato verdadeiro da utilizada na crucificação de Jesus.
Ora, vemos que, apesar de comum, a morte de Jesus trouxe a ela um novo significado, transfomou-a em algo transcendente, tirou-lhe toda a sua ignomínia, trazendo-a para a história, dando-lhe honra, plenitude. Somos então, nesta Quaresma, chamados a saírmos do ostracismo e entrarmos na história, trazer um novo significado, uma nova diretiz para a nossa caminhada.
Carlos Magno (Guna), membro da Comunidade Católica Atrios.
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