A missão embora já traduza em si o próprio carisma da Comunidade Católica Átrios, traz consigo também a maneira e a forma nas quais este mesmo carisma se plenifica. Uma vez que a adoração e o louvor cabem a todo e qualquer cristão, não seria novidade alguma ter e viver tal carisma, mas ao passo que vivificado pela missão que o traduz de forma tão forte e bela, passa a ser para todos nós um novo alento, e ganha a dimensão de poder adorar a Deus como a Virgem Maria e igualmente louvá-Lo como ela.
A grande novidade passa a ser para nós uma total entrega sob os olhos da sempre Virgem e Imaculada mãe de Deus, e aprender com ela a cada dia a grandeza desse amor de serva, mãe, filha e escrava que em plena posse de sua liberdade resolve através de um deliberado e desmedido ato de amor, nortear toda a trajetória do povo de Deus aceitando e trazendo consigo aquele que seria nosso salvador e que passaria a partir de então a ser nossa âncora, nosso porto seguro, nossa guia, educadora e molde mais eficaz de santidade e perfeição como sinal permanente de adoração e louvor a Deus.
Nos dias de hoje não é difícil ver que muitos católicos tenham receio, medo e falta de esclarecimento no tocante a Virgem Maria e tudo o que ela é e representa para o mundo cristão ou não. Um tremendo equívoco talvez moldado sob influências veladas de certas denominações não católicas, é a falsa idéia de que não precisamos da Virgem Maria para adorar e honrar a Jesus, como se alguém pudesse separar um do outro, ou se um não completasse o outro.
O Catecismo da Igreja Católica vem nos dizer: O PAPEL DE MARIA PARA COM A IGREJA É INSEPARÁVEL DE SUA UNIÃO COM CRISTO, DECORRENDO DIRETAMENTE DELA (DESSA UNIÃO). “ESTA UNIÃO DE MARIA COM SEU FILHO NA OBRA DA SALVAÇÃO MANIFESTA-SE DESDE A HORA DA CONCEPÇÃO VIRGINAL DE CRISTO ATÉ A SUA MORTE”. ELA É PARTICULARMENTE MANIFESTADA NA HORA DA PAIXÃO DE JESUS. (CIC 964). E da mesma forma o Documento Lumen Gentium da nossa Igreja o complementa dizendo: A BEM AVENTURADA VIRGEM AVANÇOU EM SUA PEREGRINAÇÃO DE FÉ, MANTEVE FIELMENTE SUA UNIÃO COM O FILHO ATÉ A CRUZ, ONDE ESTEVE DE PÉ NÃO SEM DESÍGNIO DIVINO, SOFREU INTENSAMENTE JUNTO COM SEU UNIGÊNITO. E COM ÂNIMO MATERNO SE ASSOCIOU A SEU SACRIFÍCIO, CONSENTINDO COM AMOR NA IMOLAÇÃO DA VÍTIMA POR ELA GERADA. FINALMENTE, PELO PRÓPRIO JESUS MORIBUNDO NA CRUZ, FOI DADA COMO MÃE AO DISCÍPULO COM ESTAS PALAVRAS: “MULHER, EIS AÍ TEU FILHO” (JO 19, 26-27)(LG 58).
Enfim, São Luís Maria Grignion de Montfort assim nos ensina em seu tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem: SE ESTABELECERMOS, PORTANTO, A SÓLIDA DEVOÇÃO À VIRGEM, TEREMOS CONTRIBUÍDO PARA ESTABELECER COM MAIS PERFEIÇÃO A DEVOÇÃO A JESUS CRISTO.
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